A Autolesão Não Suicida em idade escolar: uma agressão que conforta?
Resum
Trata-se de uma pesquisa qualitativa e documental que teve por objetivo compreender a Autolesão Não Suicida (ALNS) a partir de uma visão crítica da Psicologia, validando a perspectiva do sujeito que se autolesiona e elencar fatores de risco e proteção para incidência do fenômeno. A partir da realização de encontros coletivos com estudantes mulheres que praticavam a ALNS, em uma escola Municipal de Ensino Fundamental, foram documentadas em diários de campo as ações e reflexões oriundas desse espaço. Utilizou-se da Metodologia construtiva-interpretativa para a organização e análise dos dados. A partir dos resultados, foi possível identificar que o sofrimento psicológico é maior do que o sofrimento físico resultante das autolesões e elencar fatores de risco e proteção para a incidência do fenômeno, compreendendo a Autolesão Não Suicida como uma forma de enfrentamento frente aos sofrimentos da vida cotidiana permeada por conflitos e violência individuais, configurando-a como uma agressão que conforta.
Paraules clau
Autolesão Não Suicida, Estudantes, Psicologia Crítica, Psicologia Escolar, Sofrimento psíquicoReferències
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