Travestis e Transexuais no Brasil: Memórias de Luta e Resistência

Cristiane Prudenciano de Souza

doi:10.5565/rev/qpsicologia.1599

Travestis y transexuales en Brasil: memorias de lucha y resistencia

Autores/as

Cristiane Prudenciano de Souza Universidade de Coimbra https://orcid.org/0000-0003-1229-1899

PDF (PT)

Resumen

As reflexões do artigo são resultado de uma pesquisa de mestrado realizada no Brasil, nos anos 2015-2018, abordando a luta histórica de travestis e transexuais femininas no espaço do ativismo. Desvendamos as práticas sociais, táticas e estratégias, tendo como foco as conquistas de espaço social e político, como a luta pela visibilidade das principais pautas do movimento trans organizado. Percorremos um caminho que abrange temporalidades diferentes. Resgatamos a importância das precursoras que contribuíram com a visibilidade da luta desde 1970. Na sequência, abordamos um breve recorte histórico do movimento LGBT brasileiro, com a participação ativista de travestis e transexuais, no marco referencial de 1990 até 2016. Por fim, coletamos no período de 2014 até 2016, narrativas de travestis e transexuais da cidade do Recife, nordeste do Brasil, viabilizada através de entrevistas que demonstram a continuação do legado da resistência a toda forma de violação de direitos.

Palabras clave

Travestis, Pessoas trans, Práticas sociais, Direitos humanos

Citas

Calazans, Gabriela Junqueira (2011). Políticas públicas de saúde e reconhecimento: um estudo sobre prevenção da infecção pelo HIV para homens que fazem sexo com homens. 2018. Tese de Doutorado inédita, Universidade de São Paulo.

Calazans, Gabriela (2012). Educação entre pares: uma tecnologia em busca de defi-nições. In: Vera Paiva, Ligia R. Pupo & Fernando Seffner (Orgs.), Vulnerabilidade e Direitos Humanos? Promoção e Prevenção da Saúde? Livro III - Pluralidade de Vo-zes e Inovação de Práticas (1º ed., pp. 137-152). Juruá Editora.

Carvalho, Mario & Carrara, Sérgio (2013). Em direito a um futuro trans?: contribui-ção para a história do movimento de travestis e transexuais no Brasil. Sex., Salud Soc., 14, 319-351. https://doi.org/10.1590/S1984-64872013000200015

Chequer, Jamile (2010). Das ONGs/aids ao movimento social travesti - Interação Es-tado-sociedade, dinâmicas complexas e identidades em construção. Dissertação de Mestrado inédita, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Daniliauskas. Marcelo (2011). Relações de gênero, diversidade sexual e políticas públicas de educação: uma análise do Programa Brasil Sem Homofobia. Disserta-ção de Mestrado inédita. Universidade de São Paulo.

Facchini, Regina (2003). Movimento Homossexual no Brasil: recompondo um histó-rico. Cadernos AEL, 10(18/19), 81-124.

Facchini, Regina (2005). Sopa de Letrinhas?: movimento homossexual e produção de identidades coletivas nos anos 90. Garamond.

Facchini, Regina & França, Isadora (2009). Entre compassos e descompassos: um olhar para o “campo” e para a “arena” do movimento LGBT brasileiro. Bagoas: Revista de Estudos Gays, 3(4), 131-158.

Fernandes, Rubem César (1985). Sem fins lucrativos. Comunicações do Iser, 4(15), 13-31.

Almeida, Vagner (Diretor) (2010). Janaina Dutra -Uma dama de ferro [Documentá-rio]. https://www.youtube.com/watch?v=ozB7Sddli98

Jesus, Jaqueline Gomes de (2013) Transfobia e crimes de ódio: Assassinatos de pes-soas transgênero como genocídio. História Agora, 16(2), 101-123.

Jesus, Jaqueline Gomes de (2012). Orientações sobre a população transgênero: con-ceitos e termos. Autor. https://issuu.com/jaquelinejesus/docs/orienta__es_popula__o_trans

Ministério da Saúde (2004). Programa Nacional de DST-AIDS. http://www.aids.gov.br/.

Ministério da Saúde/Conselho Nacional de Combate à Discriminação (2004). Brasil Sem Homofobia: Programa de combate à violência e à discriminação contra GLTB e promoção da cidadania homossexual. Autor.

Morando, Luiz (2014). Por baixo dos panos: repressão a gays e travestis em Belo Horizonte (1963-1969). In: James Green & Renan Quinalha (Orgs.), Ditadura e homossexualidades: repressão, resistência e a busca da verdade (1ª ed., v. 1, pp. 53-81). EdUFSCAR

Peres, Wiliam S. & Toledo, Lívia G. (2011). Dissidências existenciais de gênero: re-sistências e enfrentamentos ao biopoder. Revista Eletrônica de Psicología Política, 11(22), 261-277. http://hdl.handle.net/11449/127026

Perlongher, Nestor (1987). O negócio do michê: prostituição viril em São Paulo. Editora Brasiliense.

Pinheiro, Ester (2022, janeiro 23). Há 13 anos no topo da lista, Brasil continua sen-do o país que mais mata pessoas trans no mundo. Brasil de Fato. https://www.brasildefato.com.br/2022/01/23/ha-13-anos-no-topo-da-lista-brasil-continua-sendo-o-pais-que-mais-mata-pessoas-trans-no-mundo

Souza, Cristiane Prudenciano (2018). Resistência Trans. Práticas Sociais na constru-ção da cidadania de Travestis e Transexuais na cidade do Recife. Dissertação de Mestrado inédita, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Trevisan, João Silvério (1986). Devassos no Paraíso. A Homossexualidade no Brasil, da colônia à atualidade. Max Limonad.

Biografía del autor/a

Cristiane Prudenciano de Souza, Universidade de Coimbra

Doutoranda em Estudos Contemporâneos pela Universidade de Coimbra (2022-2026). Mestre em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade de São Paulo. PUC/SP (2018). Bacharel em Administração de Empresas pela UNIMESP (1995). Membro do núcleo de pesquisa Inanna de Pesquisa e Investigação de teorias de gênero, sexualidades e diferenças (NIP/ PUC-SP).