Epistemic racism in the brazilian northeastern “hinterland”: a genealogical approach to mental health

Authors

Abstract

This article presents epistemic racism in the “hinterland” of north-eastern Brazil in the late nineteenth and early twentieth centuries. It responds to two objectives: 1) to evidence this phenomenon applied to the territory; 2) to make visible epistemological personages and influences in the area of mental health, stimulating more studies. Using the genealogical approach, interdisciplinary bibliographic and documentary analysis, interlocutions with actors, intersectional and postcolonial analysis were conducted according to the interface between two paradigms of the period: racial/mestizaje and territory/ hinterland. It concludes that the racialization and subalternization found are associated to the political moment of national identity construction, being relevant the psychiatric theories, such as degeneration and eugenics, which also influenced psychology. Colonialities on messianism and nomadic banditry are demonstrated. It is suggested to amplify the term from scientific to epistemic, reviews of disciplines and global practices, in the direction of epistemic decolonization and Psychiatric Reform.

Keywords

Racial Prejudices, Geographic Discrimination, Colonialism, Mental health

References

Akotirene, Carla (2019). Interseccionalidade. Coleção Feminismos Plurais. Polén.

Albuquerque Júnior, Durval Muniz de (2009). A invenção do Nordeste e outras artes (4. ed.) Massangana Cortez.

Albuquerque Júnior, Durval Muniz de (2019). O Rapto do Sertão: a captura do con-ceito de sertão pelo discurso regionalista nordestino. Revista Observatório Itaú Cultural, 1(25), 21-35. https://issuu.com/itaucultural/docs/obs25_issuu__1_/2?ff

Almeida, Silvio (2019). Racismo Estrutural. Polén.

Bolívar, Francisco J. Flórez (n.d.). Representaciones del caribe colombiano en el marco de los debates sobre la degeneración de las razas: geografía, raza y nación a comienzos del siglo XX. https://core.ac.uk/download/pdf/11860957.pdf

Carta-Aberta contra o Racismo Sistêmico na Psiquiatria (2020, 1 julio). Mad in Bra-sil (Mad in Brasil, Trad.). https://madinbrasil.org/2020/07/carta-aberta-contra-o-racismo-sistemico-na-psiquiatria/

Caponi, Sandra (2014). Loucos e degenerados: uma genealogia da psiquiatria am-pliada. Fiocruz.

Cesarino, Leticia (2017). Colonialidade Interna, Cultura e Mestiçagem: repensando o conceito de colonialismo interno na antropologia contemporânea. Rev ILHA, 19(2), 73-105. https://doi.org/10.5007/2175-8034.2017v19n2p73

Clemente, Débora Cavalcantes de Moura (2012). Representações da história da Pe-dra do Reino no romance O Reino Encantado (1878), de Araripe Jr. Tese de Douto-rado inédita, Universidade Federal da Paraíba.

Cunha, Euclides da (2003). Os Sertões. Martin Claret.

Dalgalarrondo, Paulo (2007). Estudos sobre religião e saúde mental realizados no Brasil: histórico e perspectivas atuais. Rev Psiquiatria Clínica, 34(Sup. 1), 25-33. https://doi.org/10.1590/S0101-60832007000700005

Fanon, Frantz (2008). Pele negra, máscaras brancas. EDUFBA

Fanon, Frantz (2020). Alienação e liberdade: escritos psiquiátricos. Ubu Editora.

Fernández, Juan Manuel (2013). Os Sertões: un retrato de la locura colectiva. Lite-ratura: Teoria, História, Crítica, 15(2), 181-210. http://www.scielo.org.co/pdf/lthc/v15n2/v15n2a09.pdf

Foucault, Michel (2012). Nietzsche, a genealogia e a história, parte II. En Roberto Machado (Org.), Microfísica do poder. Graal.

Freyre, Gilberto (1993/2006). Casa Grande & senzala: Formação da família brasi-leira sob o regime da economia patriarcal (51 ed.). Global.

Gaspar, Lúcia (2006/2009). Sebastianismo no Nordeste brasileiro. Pesquisa Escolar Online. Fundação Joaquim Nabuco. http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=419&Itemid=1

Grosfoguel, Ramón (2011). La descolonización del conocimiento: diálogo crítico en-tre la visión descolonial de Frantz Fanon y la sociología descolonial de Boaventura de Sousa Santos. CIDOB.

Grosfoguel, Ramón (2016). A estrutura do conhecimento racismo/sexismo epis-têmico e os quatro genocídios/epistemicídios nas universidades ocidentalizadas ao do longo século XV. Revista Sociedade e Estado, 31(1), 25-49. https://doi.org/10.1590/S0102-69922016000100003

Hall, Stuart (2003). Da Diáspora: identidade e mediações culturais. Ed. UFMG.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2019). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD). https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101673_informativo.pdf

Íñiguez-Rueda, Lupicinio (2010). O conhecimento como forma de resistência: uma conversa com Lupicínio Íñiguez-Rueda. Interface - Comunicação, Saúde, Educa-ção, 14(34), 693-703. https://dx.doi.org/10.1590/S1414-32832010000300018

Kilomba, Grada (2019). Memórias da Plantação: episódios de racismo cotidiano. Cobogó Editora.

Lima, Nísia Trindade (2009). Uma brasiliana médica: o Brasil Central na expedição científica de Arthur Neiva e Belisário Penna e na viagem ao Tocantins de Júlio Pa-ternostro. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, 16(supl. 1), 229-248. https://doi.org/10.1590/S0104-59702009000500011

Lima, Andrea de Alvarenga & Holanda, Adriano Furtado (2010). História da psiquiatria no Brasil: uma revisão da produção historiográfica (2004-2009). Revista Estudos e Pesquisas em Psicologia, 10(2), 572-595. https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revispsi/article/view/8983

Maio, Marcos Chor (1995). Brazilian Physician Nina Rodrigues: Analysis of a Scientic Career. Cad. Saúde Públ., 11(2), 226-237. https://doi.org/10.1590/S0102-311X1995000200006

Maldonado-Torres, Nelson (2009). A topologia do ser e a geopolítica do conhecimen-to. Modernidade, Império e Colonialidade. In Boaventura de Sousa Santos & Maria Paula Meneses (Orgs.), Epistemologias do Sul (pp. 337-381). Editora Almeidina.

Marques, Tiago Pires (2018). Illness and the Politics of Social Suffering: Towards a Critical Research Agenda in Health and Science Studies. Revista Crítica de Ciências Sociais, (spe 2018), 141-164. https://doi.org/10.4000/rccs.7763

Medeiros, Tácito (1999). Psiquiatria e Nordeste: um olhar sobre a história. Rev. Bras. Psiquiatr. 21(3), 177. https://doi.org/10.1590/S1516-44461999000300010

Melo, Walter (2004). Ulysses Pernambucano: o enamorado da liberdade. Clio-Psyché – Programa de Estudos e Pesquisas em História da Psicologia. Mnemosine, 1(0),185-192. https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/mnemosine/article/viewFile/41354/pdf_23

Moura, Valdir José Nogueira de (2021, 18 de enero). A Colorida festa da Pedra do Reino de São José do Belmonte. Tok de História. https://tokdehistoria.com.br/2021/01/18/a-colorida-festa-da-pedra-do-reino-de-sao-jose-de-belmonte/

Negreiros, Adriana (2018). Maria Bonita: sexo, violência e mulheres no cangaço (1. ed.). Objetiva.

Oda, Ana Maria Galdini Raimundo (2001). A teoria da degenerescência na fundação da psiquiatria brasileira: contraposição entre Raimundo Nina Rodrigues e Juliano Moreira. Psychiatry on line Brasil, 6(12). http://www.polbr.med.br/ano01/wal1201.php

Oda, Ana Maria Galdini Raimundo (2008). Nina Rodrigues e a loucura epidêmica de Canudos. Rev. Latinoam. Psicopat. Fund. 3(2), 139-144. https://www.scielo.br/pdf/rlpf/v3n2/1415-4714-rlpf-3-2-0139.pdf

Oliveira, Luciano Amaral (2011). “Mate um nordestino afogado” – Análise crítica de um artigo da Revista Época. Linguagem em (Dis)curso, 11(2), 361-376. https://www.scielo.br/pdf/ld/v11n2/08.pdf

Pinto, Clara Lúcia Martins de Souza (2017). Memória e subalternidade: represen-tações do Nordeste em Patativa do Assaré. Dissertação de Mestrado inédita, Uni-versidade Federal do Rio de Janeiro.

Polon, Luana (2019, octubre). Região Nordeste do Brasil. Estudo prático. https://www.estudopratico.com.br/regiao-nordeste-do-brasil/

Prado Filho, Kleber (2017). A genealogia como método histórico de análise de práticas e relações de poder. Revista de Ciências HUMANAS, 51(2), 311-327. https://doi.org/10.5007/2178-4582.2017v51n2p311

Quijano, Aníbal (2005). Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. En Edgardo Lander (Org.), A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. (pp.107-130). CLACSO.

Quijano, Aníbal (2009). Colonialidade do Poder e Classificação Social. In Boaventura de Sousa Santos, & Maria Paula Meneses (Orgs.), Epistemologias do Sul (pp. 73-117). Ed. Almeidina.

Ramos, Artur (2006). Prefácio. In Raimundo Nina Rodrigues (Org.), As coletividades anormais (pp. 10-10). Senado Federal, Conselho Editorial.

Rodrigues, Raimundo Nina (2006). As coletividades anormais. Senado Federal, Con-selho Editorial.

Rodrigues, Nina (2008). Mestiçagem, degenerescência e crime. Hist. cienc. saude-Manguinhos, 15(4), 1151-1182. https://www.scielo.br/pdf/hcsm/v15n4/14.pdf

Santos, Alessandro de Oliveira dos; Schucman, Lia Vainer & Martins, Hildeberto Vi-eira (2012). Breve histórico do pensamento psicológico brasileiro sobre relações étnico-raciais. Psicologia: Ciência e Profissão, 32(spe), 166-175. https://doi.org/10.1590/S1414-98932012000500012

Santos, Boaventura de Sousa (1995). Pela Mão de Alice (4. ed). Cortez Editora.

Santos, Boaventura de Sousa (2003). Entre Próspero e Caliban: colonialismo, pós-colonialismo e inter-identidade. Novos Estudos CEBRAP, 66, 23-52. https://estudogeral.uc.pt/bitstream/10316/81691/1/Entre%20Prospero%20e%20Caliban_colonialismo%2C%20pos-colonialismo%20e%20inter-identidade.pdf

Santos, Boaventura de Sousa (2020). Boaventura de Sousa Santos: na oficina do so-ciólogo artesão. Aulas magistrais 2011 – 2016. Edições Almeidina.

Santos, Ricardo Augusto dos (n. d). Oliveira Vianna, Eugenia e o Campo Intelectual da Primeira República. https://www.historia.uff.br/estadoepoder/6snepc/Mesas/mesa5-Ricardo.pdf

Seixas, André Augusto Anderson; Mota, André, & Zilbreman, Monica L. (2009). A origem da Liga Brasileira de Higiene Mental e seu contexto histórico. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, 31(1), 82 https://doi.org/10.1590/S0101-81082009000100015

Wegner, Robert (2017). Dois geneticistas e a miscigenação: Octavio Domingues e Salvador de Toledo Piza no movimento eugenista brasileiro (1929-1933). Varia Historia, 33(61), 79-107. https://doi.org/10.1590/0104-87752017000100005

Author Biography

Emilene Andrada Donato, Universitat Autònoma de Barcelona; Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas

Profesora de la “Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas” y Psicóloga, Brasil. Desarrolla estudios en los campos de evaluación de políticas públicas de salud y socio-histórico sobre salud mental. Experiencia en servicios y gestiones académica, técnica y de proyectos de educación y de salud. Estudiante del programa de doctorado “Persona y Sociedad en el Mundo Contemporáneo”, de la Universitat Autònoma de Barcelona (España) y doctoranda visitante en el “Centro de Estudos Sociais” de la Universidade de Coimbra (Portugal).

Published

25-01-2022

Downloads

Download data is not yet available.