As Travestis na escola: entre nós e estratégias de resistência

Autores

  • Daniela Barros Torres Universidade Federal de Pernambuco
  • Luciana Fontes Vieira Universidade Federal de Pernambuco

Resumo

Procuramos compreender as experiências das travestis no contexto escolar, a partir de uma pesquisa-intervenção desenvolvida, em 2014, no Cabo de Santo Agostinho-PE. Para tanto, interrogamos como se deu o acolhimento das travestis na escola, considerando os aspectos que favoreciam e desfavoreciam sua permanência. Vale salientar que o nosso olhar foi atravessado pelos estudos queer, pós-colonialistas, feministas e pós-estruturalismo, tendo como referencias primordiais Michel Foucault e Judith Butler. As nossas interlocutoras foram travestis, maiores de idade e residentes no Cabo. Durante a pesquisa, foram realizadas quatro oficinas e número de participantes variável. A partir desse instrumento, observamos relatos diversos tanto de aceitação quanto de violência no espaço escolar. O nome social e o banheiro surgiram, invariavelmente, enquanto impeditivos de permanência no contexto escolar.

Palavras-chave

Travesti, Escola, Políticas Públicas, Gênero

Biografia do Autor

Daniela Barros Torres, Universidade Federal de Pernambuco

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco (2007), Especialização em Saúde Coletiva pela FTI (2009) e mestrado em Psicologia na UFPE (2014). Atualmente é psicóloga do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia - Campus Recife, Temas de pesquisa: psicologia, políticas públicas em educação, gênero e sexualidade.

Luciana Fontes Vieira, Universidade Federal de Pernambuco

Possui Mestrado em Psicopatologia Fundamental e Psicanálise – Université de Paris VII (1999) e Doutorado em Saúde Coletiva pelo IMS-UERJ (2005). Atualmente é professora adjunta do Programa de Pós-graduação em Psicologia da UFPE e responsável pela Diretoria de Assuntos LGBT da UFPE. Integrante do grupo de trabalho “Psicologia, Política e Sexualidades da ANPEPP.

Publicado

31-12-2015

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