Resistencias al trabajo precario por medio de relaciones solidarias: cuatro casos de Brasil

Autores/as

Resumen

O artigo apoia-se em quatro investigações empíricas realizadas no marco teórico da Psicologia Social do Trabalho. No Brasil, a desigualdade antiga e persistente, somada à substituição de postos de trabalho regulados por novas formas de trabalho precário, promove implicações à saúde e à subjetividade de trabalhadores que têm que lidar com diversos riscos frente à manutenção da vida. Com objetivo de discutir modos pelos quais trabalhadores enfrentam este processo, apresentamos casos que expressam formas coletivas de resistências. A metanálise evidenciou que segmentos pobres da população constroem relações de trabalho e de vida social baseadas na cooperação, ajuda mútua e vínculos comunitários, que representam formas de resistência à precarização do trabalho. Embora cada caso tenha origens, propósitos e alcances distintos, a solidariedade neles presente evidencia a possibilidade de construção de relações sociais capazes de produzir e sustentar outras economias e subjetividades, a depender de cada circunstância e intencionalidade.

Palabras clave

Relações solidárias, Trabalho precário, Psicologia social do trabalho, Brasil

Citas

Andrada, Cris F. (2013). Encontro da política com o trabalho: um estudo psicossoci-al sobre autogestão a partir da experiência das cooperadas da Univens. Otra Eco-nomía, 7(12), 45-65. https://doi.org/10.4013/otra.2013.712.03

Andrada, Cris F. & Esteves, Egeu G. (2017) Sonho, história, loucura? Economia Soli-dária: um movimento de resistência no mundo do trabalho. In Emerson F. Rasera; Maristela de S. Pereira & Dolores Galindo (Orgs.), Democracia participativa, esta-do e laicidade: psicologia social e enfrentamentos em tempos de exceção (pp. 169-187). ABRAPSO.

Andrada, Cris F. & Sato, Leny (2014). Trabalho e política no cotidiano da autoges-tão: a rede Justa Trama. Psicologia & Sociedade, 26(n. spe.), 3-13. https://doi.org/10.1590/S0102-71822014000500002

Bicudo, Maria A. V. (2014). Meta-análise: seu significado para a pesquisa qualitati-va. REVEMAT, 9, 7-20 https://doi.org/10.5007/1981-1322.2014v9nespp7

Borelli, Elizabeth. (2012). Vulnerabilidades sociais e juvenil nos mananciais da zona sul da cidade de São Paulo. Revista Katálysis, 15(1), 62-69. https://doi.org/10.1590/S1414-49802012000100006

Candido, Antônio. (2001). Os parceiros do Rio Bonito: estudo sobre o caipira paulis-ta e a transformação dos seus meios de vida. Ed. Duas Cidades, Ed. 34.

Certeau, Michel de (1990). L’invention du quotidien, 1. Arts de faire. Éd. Gal-limard.

Coraggio, José L. (1993). La construcción de una economía popular: vía para el desarrollo humano. Instituto Fronesis. http://www.coraggioeconomia.org/jlc/archivos%20para%20descargar/RAZETOART.pdf

Cordeiro, Betânia S. (2020) Tramas da autogestão: saberes do trabalho associado produzidos na experiência de construção de uma rede de economia solidária auto-gestionária. Tese Doutorado inédita, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. http://hdl.handle.net/10183/219846

Dedecca, Claudio S. (2004). O trabalho na metrópole. In Temás. Szmrecsányi (Ed.), História Econômica de São Paulo (pp. 238-262). Globo.

Esteves, Egeu G.; Pereira, Cleberson da S. & Spink, Peter K. (2019). Conexões da Zona Sul: mapeamento participativo de atores, ações e relações solidárias. Athe-nea Digital, 19(1), e2180 https://doi.org/10.5565/rev/athenea.2180

Fals-Borda, Orlando (1985). Conocimiento y Poder Popular: Lecciones con campesi-nos de Nicaragua, Mexico y Colombia. Siglo XXI.

Feiguin, Dora, & Lima, Renato S. de (1995). Tempo de violência: medo e insegu-rança em São Paulo. São Paulo Perspec., 9(2), 73-80

Freire, Paulo (1981). Criando métodos de pesquisa alternativa: aprendendo a fazê-la melhor através da ação. In Carlos R. Brandão (Org.), Pesquisa Participante (pp. 34-41). Ed. Brasiliense.

Galeano, Eduardo (2009, 10 de julio). Los mapas del alma no tienen fronteras. Página12, https://www.pagina12.com.ar/diario/suplementos/espectaculos/2-14515-2009-07-10.html

International Labour Office (2014). World of Work Report 2014: Developing with jobs. ILO. http://ilo.org/global/research/global-reports/world-of-work/2014/lang--en/index.htm

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2018a). IBGE-Cidades (Porto Ale-gre). https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/porto-alegre/panorama

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2018b). IBGE-Cidades (Rondônia). https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ro/panorama

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2018c). IBGE-Cidades (São Paulo). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/sao-paulo/panorama

Julián, Dasten (2017). Precariedad laboral en América Latina: contribuciones a un modelo para armar. Rev. Colomb. Soc., 40(2), 27-46. http://dx.doi.org/10.15446/rcs.v40n2.66382

León Cedeño, Alejandra A. (2006). Emancipação no cotidiano: iniciativas igualitá-rias em sociedades de controle. Tese de doutorado inédita, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. https://tede2.pucsp. br/handle/handle/17162

Martins, José de S. (1980). Expropriação e violência: a questão política no campo. Hucitec.

Mauss, Marcel (1950). Sociologie et Anthropologie. Presses Universitaires de Fran-ce.

Muradas, Daniela & Pereira, Flávia S. M. (2018) Decolonialidade do saber e direito do trabalho brasileiro: sujeições interseccionais contemporâneas. Rev. Direito Práx., 9(4), 2117-2142. https://doi.org/10.1590/2179-8966/2018/30370

Nóbrega, Juliana da S. (2016). Terra, trabalho e panelas coletivas: a vida como po-lítica no “Coletivo 14 de Agosto”, em Rondônia. In Marcelo G. A. Calegare & Ma-ria I. G. Higuchi (Eds.), Nos interiores da Amazônia: leituras psicossociais (pp. 103-124). CRV.

Oliveira, Francisco de (2013). Crítica à razão dualista: o ornitorrinco. Boitempo.

Pochmann, Márcio (2001). O emprego na globalização: a nova divisão do trabalho e os caminhos que o Brasil escolheu. Boitempo.

Santos, Milton (1979/2004). O espaço dividido: os dois circuitos da economia urbana dos países subdesenvolvidos. Edusp.

Sato, Leny (2012). Feira livre: organização, trabalho e sociabilidade. Edusp.

Sato, Leny (2017). Diferentes faces do trabalho no contexto urbano. In Maria C. Coutinho, Marcia H. Bernardo & Leny Sato (Orgs.), Psicologia Social do Trabalho (pp. 151-171). Vozes.

Sato, Leny; Coutinho, Maria C. & Bernardo, Marcia H. (2017) A perspectiva da Psi-cologia Social do Trabalho. In Maria C. Coutinho, Marcia H. Bernardo & Leny Sato (Orgs.), Psicologia Social do Trabalho (pp. 11-24). Vozes.

Singer, Paul (2002). Introdução à Economia Solidária. Perseu Abramo. https://fpabramo.org.br/wp-content/uploads/2018/04/Introducao-economia-solidaria-WEB-1.pdf

Spink, Peter K. (2001). O lugar do lugar na Análise Organizacional. Rev. adm. con-temp., 5(spe), 11-34. https://doi.org/10.1590/S1415-65552001000500002

Thompson, Edward P. (1993). Customs in common: studies in traditional popular culture. New Press.

Tilly, Charles (2000). La desigualdad persistente. Manatial.

Wanderley, Maria de N.B. (2003). Agricultura familiar e campesinato: rupturas e continuidade. Estudos Sociedade e Agricultura, 11(2), 42-61.

Biografía del autor/a

Leny Sato, Instituto de Psicologia - Universidade de São Paulo

Psicóloga (USP), mestre em Psicologia Social (PUC-SP) e doutora em Psicologia Social (USP). Professora Titular (Sênior) do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP-USP).

Egeu Gómez Esteves

Psicólogo, mestre e doutor em Psicologia Social (USP). Membro da Associação Brasileira de Pesquisadores da Economia Solidária (ABPES). Coordenador do programa de extensão Universidade Aberta à Economia Solidária (UAES-Unifesp). É professor do Instituto das Cidades da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Cris Fernández Andrada

Psicóloga, mestre e doutora em Psicologia Social (USP). Realizou pós-doutorado em Psicologia Social (USP), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) (2015-2018). É professora do Departamento de Psicologia Social da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Juliana da Silva Nóbrega, Universidade Federal de Rondônia

Psicóloga (PUC-Campinas), mestre em Psicologia Social (PUC-SP) e doutora em Psicologia Social (USP). Membro do Grupo Amazônico de Estudos e Pesquisas em Psicologia e Educação (GAEPPE). É professora do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Rondônia (UNIR).

Publicado

31-08-2021

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.